Saudações cineclubistas!
O Cineclube Bamako neste mês de novembro apresentará sua produção autoral, fruto das reflexões e práticas acumuladas com as experiências cineclubista e militante. A Sessão Nós por Nós trará filmes realizados por integrantes do cineclube: produções documentais, experimentais e videoclipes serão exibidos como uma amostra do desenvolvimento de nossa atividade para além das exibições e atividades de formação. Após a sessão teremos debates que tratarão de cinemas negros, cinemas africanos, cineclubismo, formação política e das experiências de itinerâncias e democratização do acesso à cultura em diversos estados do Brasil.
Confiram as sinopses e acompanhem as sessões:
MULHER(ES)PELHOS
(Exp: Rayza Oliveira / Coletivo Mulher(Es)Pelhos, PE, 2015, 8’)
Sinopse: Que enigmas meninas e mulheres escondem por trás dos seus reflexos? Mulheres que a sociedade míope, distorce parecendo não enxergar ou enxergando pelo avesso, como elas se vêem? Dentre as inúmeras violências sofridas por mulheres, os casos de abusosfísicos/sexuais, se revelam em altos índices em pesquisas e noticiários cotidianos. Como se desprender desses traumas? Conheça a história de várias mulheres, de vários nomes, multiplicada, refletida em uma só protagonista.
CABELOS DE REDEMOINHOS
(Doc: Fabiana Maria / Cineclube Bamako, PE/RS, 2019, 9’)
Sinopse: A desconstrução de imaginários pessoais / coletivos em relação aos cabelos crespos a partir da experiência de 3 mulheres negras. E as possibilidades de reconstrução da autoestima das meninas negras através de ferramentas pedagógicas e de educação militante proporcionadas por uma professora e sua proposta de literatura infantil.
OUVIDOCHÃO – IDENTIDADES QUILOMBOLAS
(Doc: Gabriel Muniz / Cineclube Bamako, RS, 2019, 18’)
Sinopse: Buscando retratar paisagens sonoras em territórios quilombolas, este documentário em progresso aborda a memória e a construção de identidades quilombolas a partir de dois personagens, moradores do Quilombo Fidélix (Porto Alegre-RS). Seu Tilmo é pedreiro com larga experiência e que construiu boa parte das casas do quilombo. Mestre Jaburu é mestre de Capoeira e realiza um trabalho de difusão da cultura ancestral no território. Ambos falam de suas acolhidas no quilombo, suas lembranças na relação com o território e com as sonoridades quilombolas.
ASÈ SALAMALEIKO – Banda N’Zambi
(Videoclipe: Gabriel Muniz, Carol Oliveira, Douglas Henrique, Rodrigo Vieira / Cineclube Bamako, PE, 2016, 4’)
Sinopse: Asè Salamaleiko traça uma narrativa musical e audiovisual que liga contextos históricos, sociais, religiosos e geográficos em torno das tradições de matrizes africanas. As lutas, costumes e dinâmicas coletivas do passado em África reverberam ainda hoje nas vivências contemporâneas no bairro da Várzea. O videoclipe propõe, assim, uma abordagem atemporal das coletividades, ressaltando o respeito às diferenças, tanto no espaço global, quanto na comunidade onde a banda cresceu e mantém sua luta, com o movimento Salve o Casarão da Várzea!